segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O que é o tempo, quando eu digo?




















O que é o tempo, se já digo o que é?
O tempo pode ser daquele que quiser
Basta que você o deixe livre, sem controlá-lo
Sem rigor, exatidão, sem perturbá-lo

Os minutos se esgotam a todo o momento
A cada tempo novo, um novo sentimento
A mudança temporal é inevitável
O tempo que corre em direção a um novo agradável

Me agradam os segundos que tem um foco certeiro
E são responsáveis pelos movimentos dos ponteiros
Quando quero me informam a hora precisa
Me avisam de ações que já haviam sido esquecidas

Compromissos meus agora, são movidos pelo tempo
Me regem e definem e me mostram o momento
O momento preciso é aquele que eu não espero
Aquele que o tempo determina como sendo o certo

Tempo que não é mais, já é passado
Lembro desse tempo que já estará acabado
Mas viram tempos ainda mais duros
Mais dolorosos, mais difíceis, inseguros

Do tempo, sem tempo, tempo perdido
Tempo que foi, ou é, ou já fora esquecido
Tempo que é de uso nosso com orgulho
Tempo que se faz antes, agora e no futuro

Presente e passado tiramos de letra
O que preocupa é o futuro da incerteza
Pois não existem certezas certas
Existem apenas essas verdades indiretas

As verdades o tempo modifica
Agora são, agora não, ou nunca ficam
Verdades são vitimas do tempo que as esgotam
O tempo as transformam, as denotam

Perdi muito tempo economizando o tempo
Agora preciso organizá-lo, dar-lhe um novo direcionamento
E aprender que meu tempo deve ser sem querer
Preciso parar de economizá-lo e começar a perder

Perder o tempo nas coisas que são vazias
Mas que são necessárias para uma vida de alegrias
Tristezas tristes é o fruto do tempo regrado
Mas as alegrias alegres estão no tempo desperdiçado

O desperdício temporal é a alma da imaginação
Onde produzimos as idéias próprias do coração
Perder tempo é estar livre no seu interior
Perder o tempo é ganhar algo de valor

Venha e vamos juntos mudar o tempo
Deixemos de ser dele detentos
Perder e gastar o tempo sem quebrar a cara
Pois como diria o Cazuza: "o tempo não para".

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